A profissão de joalheiro pode ser considerada como uma das profissões mais velhas do mundo, conforme novo estudo científico publicado no jornal Science na última quinta-feira.
Os arqueólogos encontraram evidências de que objetos de adorno pessoal, como conchas e contas perfuradas, já existiam a mais de 100.000 anos. As peças foram encontradas em Israel e na Argélia.
A pesquisa mostrou que as conchas foram perfuradas por humanos, presumivelmente para serem usadas como jóias.
O que é mais importante, os pesquisadores disseram que as conchas foram achadas a muitas quilômetros do mar, indicando que foram trazidas deliberadamente para esses locais.
O achado significa que os comportamentos culturais modernos de auto adorno são mais velhos que se acreditava.
Os pesquisadores informaram que as conchas são do mesmo gênero de caracol marinho e trabalhadas da mesma maneira com aquelas encontradas na caverna de Blombos, perto da Cidade do Cabo, África do Sul, que era considerada a jóia mais velha do mundo com a 75.000 anos. O achado de Blombos não se notabilizou por causa da falta de confirmação da existência em outros locais, informa o jornal New York Times que também publicou na última 6a feira uma reportagem sobre esse assunto.
A pesquisa foi conduzida por Marian Vanhaeren of University College London e por Francesco d'Errico do Centro Naconal de Pesquisas Científicas de Talence, França. Francesco reafirma que "estas contas apoiam a hipótese que uma antiga tradição de trabalho com contas existente na África antes da chegada dos humanos modernos da Europa".