Charles Lewton-Brain: Quebrando tradições e compartilhando os resultados

Charles Lewton-Brain é o típico “factotum” ou faz de tudo e como seu própio nome diz, o cérebro: ourives, inventor, professor, autor, editor e webmaster

Aos 42 anos, inventou um modo totalmente novo de trabalhar com o metal. Escreveu e publicou vários livros e criou um website para comunidade joalheira.
Encabeçou o programa jóias/metais da Art and Design School de Alberta no Canadá. Viajou ao redor do mundo para ensinar habilidades para alguns dos mais criativos artesões.
A lista das realizações de Charles Lewton-Brain cresce sem parar, da mesma maneira que seu trabalho continua se expandindo como o universo.
Lewton nasceu na Inglaterra, cresceu na Tasmânia, estudou na Alemanha e USA e agora mora no Canadá. Ele é um dos mais educados e o mais célebre ourives dos USA. Acima de tudo, sua contribuição mais significante foi inventar um modo de trabalhar com metal que nunca antes existiu: a formação côncava.
Pode ficar pasmo, mas ninguém nunca trabalhou deste modo com o metal na história de mais de 10000 anos de arte. A formação côncava é verdadeiramente uma nova espécie derivada de dois pais diferentes: a arte japonesa de origami combinada com as técnicas tradicionais de ourives. Todos os procedimentos relacionados que chegam a 100 são executados com um mínimo de equipamentos: um moinho rolante, alguns martelos e um par de estacas.
Formação côncava do metal
O conceito é seletivamente forjar, formar, rolar e desdobrar para produzir formas volumétricas claras e elegantes.
A formação côncava é baseada nas características físicas inerentes ao metal. O processo e o produto derivam da plasticidade, ductibilidade e elasticidade natural do metal.
Os procedimentos incluem uma série de técnicas que permitem o desenvolvimento rápido de três superfícies dimensionais e estruturais. As formas dinâmicas e fascinantes criadas por este sistema são inacessíveis por qualquer outro método.
Com a sistemática do cientista, o poder investigativo do inventor e o olho do artista, ele esculpiu seu nome na história da joalheria. A técnica é reconhecida internacionalmente como uma nova forma para os ourives. Em 1990, Paul Craddock, diretor do britânico Search Museum Lab, reconheceu a técnica como uma aproximação nova e sem precedentes no trabalho com os metais. Em 1991, Lewton-Brain recebeu o Prêmio Rolex por esta descoberta e desenvolvimento.
Agora, quase 15 anos depois dessa invenção, centenas de desenhistas e ourives ao redor do mundo integram algum aspecto do seu trabalho nesta técnica.
Lewton-Brain recebeu educação formal em metais e treinou em Pforzheim, Alemanha, com Klaus Ullrich, desenhista célebre e mestre ourives. O domínio singular de Ullrich o colocou na vanguarda das jóias alemãs. Nos anos cinqüenta, Ullrich abriu caminho para a exploração de metais tradicionais e não tradicionais para jóia. Sugeriu primeiro como se deve entender o metal e suavemente se guiar para fazer o que vem naturalmente. Os resultados são, por definição, uma beleza natural. “Veja os desejos do metal. Escute-o e então liberte sua expressão”, ensinava Ullrich.
Esta aproximação é oposta a fabricação de jóia comercial que busca impor a forma do material.
Depois de Alemanha, Lewton-Brain transportou a pesquisa para Universidade Estadual de Nova Iorque.
Nenhum Segredo
Sempre como não conformista, Lewton-Brain quebrou outra tradição nesta indústria: dar informação livremente e ajudar a construir uma comunidade de ourives. “Tomei essa decisão, a muito tempo atrás, queria transmitir minhas técnica a tantas pessoas quanto fosse possível. O ato de guardar técnicas como segredo é evidência de mentes pequenas que tentam proteger propriedades pequenas”.
Para aprender mais, visite o website de Lewton-Brain, que contém 250 mil de páginas de informação grátis em