O cBN, extremamente duro, é disponível comercialmente como borazon ou amborita, sendo utilizado em serras, lixas, bits de perfuração e diversas outras ferramentas que devem apresentar alta dureza. Embora o diamante seja capaz de cortar qualquer outra substância, ele se dissolve em ferro em altas temperaturas. Isso o faz ineficiente para operar com aço. É esse nicho que o cBN ocupa.
Pesquisadores do Los Alamos National Laboratory (Estados Unidos), conseguiram sintetizar o sub-óxido de boro, um composto de boro e oxigênio, que apresenta características praticamente semelhantes ao cBN. Como grande vantagem, o novo material pode ser industrializado a pressões mais baixas que o cBN e o diamante, de forma que sua produção em larga escala poderá ser mais fácil e barata.
Para produzir os cristais, os cientistas dissolveram boro puro em óxido de boro fundido a mais de 2000º C. A mistura foi submetida a um pressão de 50.000 atmosferas.
Os cientistas já supunham há muito tempo que o sub-óxido de boro fosse o segundo material de maior dureza da Terra. Mas eles ainda não haviam conseguido comprovar isto, porque ninguém conseguira produzir cristais grandes o suficiente para serem submetidos aos testes de dureza. Agora eles já dispõem de cristais de cerca de um décimo de milímetro, grandes o suficiente para os testes Vickers. Embora ligeiramente menos duro do que o cBN, a resistência do novo material, medida em termos da quantidade de energia necessária para quebrá-lo, é o dobro do seu rival.