Comercializado na Bolsa de Mercadoria e Futuros, o metal pode ser adquirido legalmente pelos brasileiros. A negociação é feita em barras de 250 gramas, o que exige, hoje, cerca de R$ 9.000,00. As corretoras credenciadas pela BMF cobram até 0,4% de corretagem e o Imposto de Renda exige 20% sobre os rendimentos obtidos na venda. Boa notícia: não há come-cotas (imposto mensal), como nos fundos cambiais ou nos fundos de renda fixa.
O desempenho do metal no Brasil tem dois vetores: a taxa de câmbio dólar/real e o preço do ouro por si só, cotado nas bolsas internacionais. O investidor típico busca proteção contra uma eventual desvalorização do real ou contra uma crise internacional.
Onde guardar as barras de ouro? A própria bolsa oferece um serviço de custódia, ao preço de 0,07% por ano. O investidor recebe um simples extrato e pode mandar vender quando quiser. Se desejar levar para casa, tem que fazer uma solicitação à corretora. Em geral, um exame sobre a pureza da barra é exigido no ato da revenda de barras retiradas da custódia.
Nos últimos meses, os preocupantes números da economia americana levaram a uma apreciação do metal. Considerado uma reserva de valor, é sempre lembrado em momentos de crise. Fusões de mineradoras internacionais reduziram a oferta; o gigantesco mercado de pequenos investidores da Índia e da China promete incrementar a demanda. Como resultado, as cotações do metal têm subido nas bolsas.
Apesar de significar segurança, o preço do ouro é bastante volátil. Perdas na década passada e ganhos nesta, revelam que também há muita especulação em torno de suas futuras cotações. No curto prazo, oscilações na taxa de câmbio do real e promessas sobre novas crises afetam intensamente os preços.
Enfim, para que comprar? Considero o ouro um interessante instrumento de diversificação de investimentos. Quando tudo vai mal, pode-se obter uma compensação, ao manter o metal como parte de seu patrimônio. Funciona como um seguro…