Desde que o homem começou a utilizar a gema como ornamento pessoal esta vem sofrendo todo tipo de polimento, com o objetivo de realçar sua beleza e, em conseqüência, aumentar o seu valor. Inicialmente, tanto os cristais em suas formas naturais como os seixos encontrados em aluviões, sofriam apenas simples polimento, conservando as formas originais.
Com o tempo, o homem foi descobrindo que poderia criar formas adequadas aos tipos de jóias a que se destinavam as gemas. Assim, surgiu uma das primeiras formas de lapidação, o Cabochão – com uma superfície plana, aproveitando-se as formas arredondadas dos seixos, que sofreram apenas um polimento.
Aproximadamente 400 anos antes a.C. começou na Índia a lapidação facetada. Esta técnica não teve grandes evoluções até o século XIII, quando foi criada em Paris a “Irmandade dos Cristaleiros e Polidores de Pedras”. A partir dessa associação, a lapidação facetada passou a ser divulgada com a fundação dos centros de lapidação em Metz, Reims, Saint Denis e Praga. Esta técnica se estendeu até Idar-Oberstein, na Alemanha, que hoje, com Holanda, Bélgica, Estados Unidos e Israel formam os maiores centros de comércio de pedras coradas e diamantes. Os estudos dos métodos de lapidação atingiram alta sofisticação, com a criação de máquinas automáticas que lapidam em série, sendo utilizadas apenas para produção de pedras de baixo valor. As gemas de boa qualidade são lapidadas manualmente, com equipamentos que pouco evoluíram.