por Keila Redondo

“A aliança simboliza o casamento, uma forma de você honrar seu parceiro e dizer a todos que tem um compromisso”, afirma Tatiana (Foto: Rafael Ranosi)

O mês de maio — se vem perdendo o título de “mês das noivas” para dezembro, segundo as estatísticas brasileiras de união civil — pode ser o mês ideal para fazer o tão sonhado “pedido de casamento”. Junho, mais especificamente no seu 12º dia, é também uma data simpática para pedir a mão da pessoa amada. Quem não gostaria de lembrar para sempre o Dia dos Namorados em que disse “sim”?

Estela e Ulisses optaram por trocar alianças numa cerimônia de noivado em junho passado, mês em que comemoraram três anos juntos: “Fiquei noiva em junho de 2013 e a intenção era casar um ano após o noivado”, conta Estela. Mas a Copa do Mundo no Brasil mudou os planos e a cerimônia de casamento está marcada para agosto. As alianças usadas no noivado entrarão na Igreja pelas mãos do pajem e dama de honra, e no altar irão para as mãos esquerdas.”O polimento das alianças poderá ser realizado a qualquer momento assim como o ajuste quando passar da mão direita para a esquerda, sem custo”, completa Estela, que adquiriu as alianças em uma grande rede de varejo de joias na cidade de São Paulo.


NF Joias

Tati e Gio

“Quando ele me pediu em casamento, nós já estávamos com quase tudo definido [festa e data do casamento]. No começo do ano passado a gente começou a falar sobre casar e fomos dando uma sondada nos preparativos do casório, mas sem pedido nem nada. Conversamos com nossos pais, falamos que estávamos querendo casar e começamos a pensar em alguma data”, contam Tatiana e Giovanni, que também trocaram alianças na ocasião do noivado. Ele me levou para jantar e me pediu em casamento”, relembra ela.


Alianças usadas pelo casal Tati e Gio (Foto: Arquivo pessoal)

Os noivos escolheram um modelo de alianças arredondado simples, que foi encomendado a um ourives e pago parceladamente. “Durante o namoro usamos aliança com acabamento reto, então quis mudar na aliança do casamento”, detalha Tati. “No começo pensamos em 2014, mas como minha faculdade apertou muito e não ia ter como sair em lua de mel, optamos por 2013 e resolvemos oficializar.


DRW

Que soltário que nada

Se no Brasil as alianças ainda são as joias mais usadas para formalizar o pedido de casamento, algumas brasileiras já experimentam a emoção de ganhar o mítico anel solitário que materializa o sonho de encontrar o amor eterno. Foi o caso de Thaisa. “O noivado foi muito importante para mim. É emocionante usar a aliança e passar a chamar de ‘meu noivo’. Os preparativos são muito gostosos de fazer. É uma fase muito boa da relação, de fazer planos, etc. Sem contar que é um momento único e muito especial”, conta ela, que ficou noiva num mês de janeiro e casou-se com Marco um ano e três meses depois.


Thaisa e Marco (Foto: Ale Borges)

Thaisa, que mora em Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais, experimentou a emoção de ganhar um solitário: “Compramos em uma viagem a Gramado [cidade serrana do Rio Grande do Sul]. Na ida paramos em Porto Alegre [capital gaúcha] e fomos à joalheria. Foi nessa viagem que ele pediu minha mão e me deu um solitário. Portanto, antes da aliança de noivado, ganhei o solitário, pois é assim que manda a tradição.”


Alianças usadas no casamento de Thaisa e Marco (Foto: Ale Borges)

Veja fotos e conheça mais sobre o solitário, este singelo aro de metal com pedra única que se tornou um clássico da joalheria pelo seu simbolismo. Um anel que de solitário só tem o nome, já que marca a magia do encontro das almas gêmeas.

Mercado milionário

Depois de noivar, casar e fazer girar uma indústria milionária. O mercado de casamentos no Brasil movimento cerca de R$ 16 bilhões anuais, segundo estimativas de entidades na área de organização de festas e eventos.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística — IBGE, em 2012 foram registrados 1.041.440 casamentos no país, 1,4% a mais que no ano anterior.

Os meses do último quadrimestre do ano de 2012 superaram maio como o mês da noiva, especialmente dezembro, que desponta como o mês preferido para os enlaces.

Em 2012, aconteceram 118.476 casamentos no último mês do ano, contra 88.748 em maio. Em novembro, foram 100.304 enlaces, enquanto o primaveril setembro registrou 98.743 e outubro, 92.652 casórios.

Quem casa?

As mulheres estão casando mais tarde, embora as que têm entre 20 e 24 anos continuem com a maior participação no total de casamentos: 30%. O maior aumento, entretanto, ocorreu entre o grupo do sexo feminino que tem de 30 a 34 anos: eram 11,5% do total em 2002 e somaram 20,2% em 2012”. A proporção de casamento em que a mulher tem idade maior que a do homem também cresce em todo o Brasil e foi de 20,7% em 2002 contra 24% em 2012.

Entre 2002 e 2012, houve elevação na nupcialidade legal (número de casamentos para cada mil pessoas de 15 anos ou mais de idade), embora os índices alcançados sejam bem inferiores aos da década de 1970, quando era de 13%. Ainda segundo o IBGE, “embora estável em relação a 2011, a taxa de nupcialidade legal cresceu na última década, passando de 5,6% (por mil) em 2002 para 6,9% em 2012.