Os egípcios herdaram das civilizações antigas as práticas básicas da tecnologia
química, principalmente dos mesopotâmios, adaptando-as e utilizando-as em sua
sociedade, como mostra uma extensa representação pictórica encontrada nos
papiros.
A mentalidade egípcia era mais inclinada às aplicações práticas, concretas,
enquanto os gregos eram mais afeitos ás questões abstratas.
No Egito helenista apareceram os primeiros tratados alquímicos, e o mais antigo
deles, de cêrca do ano 200 da era Cristã, escrito por um autor de nome
Democritos (não o famoso filósofo grego), também conhecido por falso-Demócrito,
mas suposto ser Bolos de Mende, um egípcio helenizado, tem um nome sugestivo das
duas tendências da alquimia : Physika kai Mystika, isto é, "Coisas Naturais e
Místicas", contendo receituários para fazer prata, ouro, assim como métodos de
tingimento de tecidos e coloração de materiais com imitação da côr da prata e do
ouro.
Os receituários invocavam a teoria dos elementos dos gregos e mostravam a
influência da Astrologia que originalmente cultivada na Mesopotâmia havia se
difundido por todo o mundo antigo.
As receitas experimentais sempre continham no final uma máxima indicando um
princípio cumprido, como por exemplo,"A Natureza triunfa sôbre a Natureza" ou
outras afirmações pertinentes à comprovação de conceitos alquímicos.
Nos séculos subsequentes, temos Zósimos de Panópolis ( 300 d.C.), Olimpiodoro,
um grego-egípcio (425 d.C.), autores que contribuiram e comentaram os trabalhos
alquímicos no período helênico.
A prática da alquimia depois de Bolos de Mende envolvia o estudo da composição
das águas, aprisionamento e liberação dos "espíritos (essência)" dos corpos,
"morte"e "ressureição" dos metais por meio de destilações e sublimações
sucessivas, e outras operações, com o fim de transformar os metais vulgares em
ouro.
Zósimo descreve vários processos como fusão de metais, solução, calcinação,
filtração, sublimação, cristalização e adota uma sistematização dos materiais
classificando-os como metais, líquidos obtidos por destilação alcoolica
(espíritos), vapores e fumaças.
Zózimo também escreveu um livro sôbre produção de cerveja que era uma bebida
muito popular no Egito.
É nas obras destes autores que são encontradas referências com descrição
detalhada dos equipamentos usados pelos alquimistas helênicos.
São encontrados distiladores, condensadores, frascos, balões, banhos-de-areia,
banhos-maria, fornos, tripés e outras peças comumente usadas em laboratórios.
Um tipo interessante de equipamento era o chamado kerotakis uma espécie de
condensador de refluxo.
Outro era o tribikos, uma espécie de condensador feito de metal, cobre ou
bronze, em que a parte central superior possuia três tubos com saída em forma de
bico que podiam gotejar o líquido destilado em frascos ou recipientes.
Este sistema é atribuído a uma alquimista, Maria a Judia, ou Mirian, irmã de
Moisés.
Ela também é tida como tendo inventado o sistema de aquecimento denominado de
banho-maria e o kerotakis.
Os alquimistas de Alexandria trabalhavam com metais com a esperança de conseguir
transformá-los em ouro.
Partiam do princípo de que os materiais que usavam deviam ser levados ao estado
mais próximo possível da matéria primordial formadora dos corpos.
Portanto, era necessário aquecê-los prolongadamente, na presença de umidade,
afim de transformá-los.
A côr dos produtos era considerada uma característica muito importante nas
transformações que ocorriam, principalmente a côr da prata e a do ouro.
Ao serem submetidos às transformações alquímicas os materiais inicialmente
perdiam suas qualidades metálicas comuns, fornecendo comumente uma massa escura
ou negra.
Denominava-se este estágio de melanosis (escurecimento).
Com a continuação do processo atingia-se o estágio de leucosis (embranquecimento
ou côr da prata) e, mais tarde, o de xantosis (amarelecimento ou côr do ouro).
O estágio final começava com a iosis (violeta), que daria ao ouro côr violeta
iridescente, chegando-se, então, ao produto desejado.
Esta sequência, posteriormente, foi simplificada e padronizada até o estágio de
amarelecimento.
Assim, por exemplo, o cobre, por aquecimento, tornava-se negro devido à oxidação
ou por conversão em sulfeto (melanosis) e se tratado com orpimento (sulfeto de
arsênico) tornava-se branco (leucosis).
A fase final, xantosis, era obtida com o tratamento com theion hudor- (água
sulfurosa ou divina)- obtida a partir de cal, enxofre, vinagre ou urina de
criança, por aquecimento e filtração do líquido vermelho-sangue resultante.
Os procedimentos alquímicos, de um modo geral, concentravam-se em tôrno das
operações de destilação, onde tudo é misturado, dissociado, onde há a união de
tudo, combinação ou separação.
Estas operações, mais tarde, adquiriram uma conotação mística, com uma linguagem
fortemente simbólica que prevaleceu após 300 d.C. até o século XVII, cêrca de
1.400 anos
química, principalmente dos mesopotâmios, adaptando-as e utilizando-as em sua
sociedade, como mostra uma extensa representação pictórica encontrada nos
papiros.
A mentalidade egípcia era mais inclinada às aplicações práticas, concretas,
enquanto os gregos eram mais afeitos ás questões abstratas.
No Egito helenista apareceram os primeiros tratados alquímicos, e o mais antigo
deles, de cêrca do ano 200 da era Cristã, escrito por um autor de nome
Democritos (não o famoso filósofo grego), também conhecido por falso-Demócrito,
mas suposto ser Bolos de Mende, um egípcio helenizado, tem um nome sugestivo das
duas tendências da alquimia : Physika kai Mystika, isto é, "Coisas Naturais e
Místicas", contendo receituários para fazer prata, ouro, assim como métodos de
tingimento de tecidos e coloração de materiais com imitação da côr da prata e do
ouro.
Os receituários invocavam a teoria dos elementos dos gregos e mostravam a
influência da Astrologia que originalmente cultivada na Mesopotâmia havia se
difundido por todo o mundo antigo.
As receitas experimentais sempre continham no final uma máxima indicando um
princípio cumprido, como por exemplo,"A Natureza triunfa sôbre a Natureza" ou
outras afirmações pertinentes à comprovação de conceitos alquímicos.
Nos séculos subsequentes, temos Zósimos de Panópolis ( 300 d.C.), Olimpiodoro,
um grego-egípcio (425 d.C.), autores que contribuiram e comentaram os trabalhos
alquímicos no período helênico.
A prática da alquimia depois de Bolos de Mende envolvia o estudo da composição
das águas, aprisionamento e liberação dos "espíritos (essência)" dos corpos,
"morte"e "ressureição" dos metais por meio de destilações e sublimações
sucessivas, e outras operações, com o fim de transformar os metais vulgares em
ouro.
Zósimo descreve vários processos como fusão de metais, solução, calcinação,
filtração, sublimação, cristalização e adota uma sistematização dos materiais
classificando-os como metais, líquidos obtidos por destilação alcoolica
(espíritos), vapores e fumaças.
Zózimo também escreveu um livro sôbre produção de cerveja que era uma bebida
muito popular no Egito.
É nas obras destes autores que são encontradas referências com descrição
detalhada dos equipamentos usados pelos alquimistas helênicos.
São encontrados distiladores, condensadores, frascos, balões, banhos-de-areia,
banhos-maria, fornos, tripés e outras peças comumente usadas em laboratórios.
Um tipo interessante de equipamento era o chamado kerotakis uma espécie de
condensador de refluxo.
Outro era o tribikos, uma espécie de condensador feito de metal, cobre ou
bronze, em que a parte central superior possuia três tubos com saída em forma de
bico que podiam gotejar o líquido destilado em frascos ou recipientes.
Este sistema é atribuído a uma alquimista, Maria a Judia, ou Mirian, irmã de
Moisés.
Ela também é tida como tendo inventado o sistema de aquecimento denominado de
banho-maria e o kerotakis.
Os alquimistas de Alexandria trabalhavam com metais com a esperança de conseguir
transformá-los em ouro.
Partiam do princípo de que os materiais que usavam deviam ser levados ao estado
mais próximo possível da matéria primordial formadora dos corpos.
Portanto, era necessário aquecê-los prolongadamente, na presença de umidade,
afim de transformá-los.
A côr dos produtos era considerada uma característica muito importante nas
transformações que ocorriam, principalmente a côr da prata e a do ouro.
Ao serem submetidos às transformações alquímicas os materiais inicialmente
perdiam suas qualidades metálicas comuns, fornecendo comumente uma massa escura
ou negra.
Denominava-se este estágio de melanosis (escurecimento).
Com a continuação do processo atingia-se o estágio de leucosis (embranquecimento
ou côr da prata) e, mais tarde, o de xantosis (amarelecimento ou côr do ouro).
O estágio final começava com a iosis (violeta), que daria ao ouro côr violeta
iridescente, chegando-se, então, ao produto desejado.
Esta sequência, posteriormente, foi simplificada e padronizada até o estágio de
amarelecimento.
Assim, por exemplo, o cobre, por aquecimento, tornava-se negro devido à oxidação
ou por conversão em sulfeto (melanosis) e se tratado com orpimento (sulfeto de
arsênico) tornava-se branco (leucosis).
A fase final, xantosis, era obtida com o tratamento com theion hudor- (água
sulfurosa ou divina)- obtida a partir de cal, enxofre, vinagre ou urina de
criança, por aquecimento e filtração do líquido vermelho-sangue resultante.
Os procedimentos alquímicos, de um modo geral, concentravam-se em tôrno das
operações de destilação, onde tudo é misturado, dissociado, onde há a união de
tudo, combinação ou separação.
Estas operações, mais tarde, adquiriram uma conotação mística, com uma linguagem
fortemente simbólica que prevaleceu após 300 d.C. até o século XVII, cêrca de
1.400 anos