A dureza de um material é medida por meio do seu módulo isotermal bruto. As nanobarras agregadas de diamante têm um módulo de 491 gigapascals (GPa), comparado com 442 GPa do diamante natural. Dubrovinskaia e dois de seus colaboradores – Leonid Dubrovinky e Falko Langenhorst – já patentearam o processo utilizado para se fabricar o novo material.
O diamante deve a sua dureza ao fato de que cada átomo de carbono é conectado a quatro outros átomos, por meio de fortes ligações covalentes. O novo material é diferente, pelo fato de ser constituído de minúsculas barras de diamante interconectadas. Cada barra é um cristal com um diâmetro entre 5 e 20 nanômetros e um comprimento de cerca de um mícron.
Os cientistas criaram as ADNRs comprimindo as moléculas de carbono-60 a 20 GPa, o que é cerca de 200 vezes a pressão atmosférica, ao mesmo tempo em que o material era aquecido a 2.500º K. "A síntese foi possível graças à prensa de múltiplas bigornas de 5.000 toneladas do Bayerisches Geoinstitut, que é capaz de atingir pressões de 25 GPa e temperaturas de até 2.700º K ao mesmo tempo," disse Dubrovinskaia ao site PhysicsWeb.
A equipe mediu as propriedades da amostra com uma bigorna de diamante no European Synchrotron Radiation Facility, na França. As medições indicaram que as ADNRs são 0,3% mais densas do que o diamante, e que o novo material tem a menor compressibilidade entre todos os materiais conhecidos.
Além de descobrir por que o novo material é tão duro, a equipe da Universidade Bayreuth também espera explorar seu potencial industrial. "Nós desenvolvemos um conceito para inovações tecnológicas que gerou um novo material em quantidades em escala industrial e agora estamos procurando parceiros a fim de viabilizar nossas idéias," disse Dubrovinskaia.