A grande mina Argyle da Rio Tinto está entre as ameaçadas pelos rivais de baixo preço: os diamantes sintéticos.
Bryant Linares acredita que está na hora de liquidar sua participação na Rio Tinto e na Petra Diamonds e Firestone Diamands. Morador de Boston que faz diamantes em duas semanas comparados com os 100 milhões de anos que natureza precisa.

As vendas de pedras preciosas cultivadas em laboratório crescerão para 1 milhão de quilates à um preço de $2,500 cada dentro de três anos, comparados com $8,000 para um diamante minerado, diz David Hargreaves, um analista britânico da indústria durante 25 anos.

As pedras criadas pela Apolo Diamond de Boston e Gemesis de Sarasota, Flórida, estão tão bem que a De Beers gastou $17 milhões, para comprar máquinas para esse fim.

"Seríamos tolos se não admitíssemos que estávamos numa encruzilhada", diz o Keith Johnson, executivo principal de diamantes para Rio Tinto que controla a maior mina de diamantes do mundo, a Argyle na Austrália.

As pedras preciosas artificiais podem ferir lucros e margens das companhias que desenterram as pedras, diz Andrew Ferguson que tem 5 por cento de seus investimentos em minas de diamantes em clubes de investimento de Londres.
A Anglo American que tem 45% da De Beers é a que tem mais a perder. A Anglo diz que a De Beers responde por $463 milhões, ou 5 por cento, de seu lucro operacional em 2006. Para Rio Tinto, os diamantes contribuíram com $205 milhões, ou 2.8 por cento, de seus gaanhos em 2006.

A Firestone Diamonds e Petra Diamonds, ambas com minas na África do Sul, e também em Angola e está apostando o seu futuro inteiro nas pedras preciosas.

Os diamantes artificiais são molecularmente iguais aos diamantes minerados nos rios angolanos ou minerados no Ártico de Canadá.

A produção da Gemesis informa que está aumentando sua produção desde 2002. O Gemological Institute de América, um assessor independente de diamantes para Tiffany e Cartier, começou classificar as pedras sintéticas este ano para assegurar aos consumidores que saiba a diferença.

Fiona McEwen, executiva de propaganda da McEwen Advertising em Johannesburg, sabe a diferença e não se preocupa. O diamante natural dela foi roubado neste mês, agora usa um diamante amarelo artificial com mais de um quilate.
"É uma alternativa bonita e uma alternativa disponível", diz McEwen. "Eu não pude dispor de um diamante amarelo crescido na terra. Estaria completamente fora do meu alcance".

As pedras preciosas produzidas em laboratórios em quatro dias, são em média 40 por cento menos caras e tem as mesmas propriedades químicas, físicas e ópticas como qualquer pedra bruta natural, de acordo com a Gemesis e Apolo.
"A indústria deveria estar muito preocupada", diz Hargreaves. “Os diamantes sintéticos podem não sair do chão ou mar, mas são coisa real e passarão em qualquer teste." Não assim, diz as De Beers, a maior companhia de diamantes do mundo que vende máquinas por menos $10,400 que podem melhorar as pedras artificiais. "Todos os sintéticos podem ser depressa e facilmente descobertos", diz Lynette Gould, porta-voz da De Beers.
"Os sintéticos são um produto totalmente diferente".

Apolo foi fundada em 1990 pelo pai de Bryant Linares, Robert que possui um doutorado em ciência de materiais. Linares começou sua carreira em Bell Laboratories e trabalhou com a tecnologia de diamante na garagem da sua casa em Boston, é agora o presidente. A companhia já fez mais de 1,000 gemstones e fará várias centenas de milhares de quilates antes das 2012, Bryant Linares diz. Também fará em breve uma oferta pública de ações para sua empresa.
Os diamantes artificiais serão o segmento de rápido crescimento no mercado de jóia”, diz Linares que prevê que as pedras preciosas cultivadas cheguem a 20 por cento dos $74 bilhões do mercado por ano para jóia de diamante dentro de uma década.

Gemesis, a primeira companhia a produzir diamantes cultivados, foi fundado em 1996 depois que Carter Clarke pagou $170,000 por três máquinas criadas por um cientista russo. Clarke começou sua companhia com ajuda da Universidade de Flórida em Gainesville.

As máquinas para cultivar pedras preciosas de uma semente de diamante trabalham sob 58,000 atmosferas de pressão e aquecimento de mais de 1,200 graus Centígrado perto do ponto de derretimento de aço.
Pedras preciosas artificiais podem acabar compensando para uma escassez esperada de pedras minadas, diz James Picton, analista de diamante com W.H.Ireland. Ele diz que os mineiros de diamante produziram $13.2 bilhões de pedras ásperas em 2006, enquanto demanda era $15 bilhões.