Batizado como Q-Carbon, mineral sintético é 60% mais duro que um diamante convencional
DIAMANTE
Pesquisadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte afirmam ter um criado um material 60% mais duro do que um diamante. Intitulado Q-Carbon, o mineral sintetizado em laboratório tem uma semelhança essencial com a pedra clássica: foi constituído por um alótropo específico de carbono capaz de gerar um diamante – ou grafite.
Segundo o método publicado pelos cientistas, o Q-Carbon foi criado ao esquentar partículas não cristalizadas de carbono a 3.700 °C. Logo depois, foi esfriado rapidamente, criando pequenos e resistentes pedacinhos de diamante. Diferentemente de seus parentes próximos, o Q-Carbon apresentou propriedades magnéticas.
Ainda que os cientistas alardeiem sobre a resistência do Q-Carbon, medir a ‘dureza’ de um objeto não é tão exato. Existem alguns métodos, ainda que o mais utilizado seja a balança Vicker. Teoricamente, essa ferramenta mede a habilidade de um material resistir à pressão sem sofrer deformações. Na prática, ela calcula uma força usada e o tamanho da área de pressão para definir a dureza. Quando mais duro o objeto testado, maior o valor na escala. Um diamante na natureza, por exemplo, tem entre 70 a 100 GPa de dureza. Aço maciço tem cerca de 9 GPa.
Obviamente, o Q-Carbon não está sozinho no páreo nessa disputa. Diamantes sintéticos, que desde os anos 1950 já estão rolando por aí, já alcançaram marcas surpreendentes de 200 GPa.