Desde o final do século XV, foi possível melhorar a técnica da lapidação em facetas com a utilização do rebolo. Às superfícies naturais do cristal vão sendo acrescentadas facetas acessórias para incrementar a impressão óptica da pedra. Em meados do século XVI, partindo da lapidação mesa, consegue-se um novo passo na evolução da lapidação: uma pedra facetada com uma mesa poliédrica. Cada uma das quatro arestas laterais das partes superior e inferior são lapidadas em uma faceta. Incluindo a face do vértice inferior totalizam 18 facetas nesta pedra, chamada Eifaches Gut em alemão, old single cut em inglês, ou lapidação 8 por 8 (8/8).
Criando novas facetas sobre as arestas laterais obtém-se o tipo de mesa dupla, de 34 facetas no total e com a coroa arredondada. Esta lapidação deve ter sido criada em 1650 por influência do cardeal Mazarino (daí ter recebido o nome de “lapidação Mazarino”).
Ao final do século XVII uma lapidador veneziano, Vicenzio Peruzzi, desenvolve a lapidação do diamante em 58 facetas. A coroa ainda não era totalmente circular e as facetas eram algo irregulares; apesar disto, esta lapidação, a tripla ou “lapidação Peruzzi”, já se aproximava muito da lapidação brilhante, não só por ter o mesmo número de facetas, como também pelo aspecto geral das proporções.
A perfeição do diamante como gema somente é obtida pela moderna lapidação brilhante. Ela foi desenvolvida ao redor de 1910, a partir da chamada lapidação antiga, do século passado, tendo como características: coroa totalmente circular, pelo menos 32 facetas além da mesa na parte superior coroa), pelo menos 24 facetas aliadas, algumas vezes, à culaça no pavilhão.
Brilhante Tolkowsky (1919, Tolkowsky). Muito bom aproveitamento da luz. Nos EUA é o modelo para a graduação segundo a lapidação.
Brilhante Ideal (1926, Johnson e Rösch). Não possui medidas tão ideais como quer indicar o seu nome. Aparência demasiadamente desproporcional.
Lapidação fina em brilhante (também lapidação fina prática, 1939, Eppler). Proporções calculadas a partir dos diamantes com maior brilho; isto é, desenvolvido na prática. Na Alemanha Ocidental é a base da graduação segundo a lapidação.
Brilhante Parker (1951, Parker). Bom aproveitamento da luz, mas a parte superior demasiadamente baixa resulta em pouca dispersão e, consequentemente, em escasso jogo de cores.
Scandinavian Standard Brilliant (Brilhante padrão escandinavo – 1968). Na Escandinávia serve como lapidação modelo para a graduação.
Existem ainda diamantes com mais facetas: lapidação King (posterior a 1940), com 86 facetas; lapidação Magna (1949), com 102 facetas; lapidação Highlight (1963), com 74 facetas; lapidação Princess – 144 (1965), com 146 facetas.
Devido às proporções fixas na lapidação em brilhante é possível, a partir de certas medidas, conhecer-se outras medidas através de cálculos; por exemplo, o peso da pedra pode ser descoberto através do diâmetro da “cintura” ou da altura total.