Os diamantes e outras pedras preciosas hoje são um investimento muito procurado nos países desenvolvidos. Isto, principalmente, para os minerais de primeira qualidade que, em função da crescente demanda, têm obtido significativa valorização. Para exemplificar, atualmente em todo o mundo dificilmente são encontrados diamantes periciados River e Loupe Clean em tamanho 1 a 3 quilates, os quais alcançam o preço de US$ 42 mil o quilate, quando classificados na nomenclatura GIA, a qual dá especial atenção ao acabamento e às características de simetria.
O diamante é a pedra preciosa mais procurada para investimento e ornamentação. Seu controle mundial está 90% nas mãos De Beers Consolidated Mines Ltda., que, por sua vez, os distribui ao mercado internacional por intermédio da Central Selling Organizations (CSO), de Londres.
Quem deseja adquirir diamantes especialmente para fins de investimento, deverá observar o seguinte procedimento para que não ocorram inconvenientes e, também, para que saiba realmente com segurança as características do mineral adquirido, de modo a determinar seu valor real de mercado.
O primeiro procedimento é o de exigir junto com o diamante a perícia (“expertise”) realizada segundo nomenclatura reconhecida.
Se a “expertise” seguir a orientação da GIA ou CIBJO, deve-se atentar para as características dos três grandes “C”:
“Clarity”: pureza;
“Colour”: cor;
“Cut”: corte.
Se a pureza, a cor e a proporção do corte não forem bem coordenados, poderão ocorrer surpresas desagradáveis. Explicaremos isto, a seguir, utilizando o exemplo de um diamante de 1 quilate, da primeira qualidade na cor, pureza, lapidação em perfeita proporção, o qual, atualmente, alcança a cifra de US$ 42 mil. Caso um dos grandes “C” não satisfizer às condições ideais, ocorrerão os seguintes casos:
diamante River (o mais fino branco), Loupe Clean (puríssimo, mas totalmente raso na proporção), só alcança 20% do valor de US$ 42 mil;
diamante River, com proporção perfeita, mas com a pureza em pique III (7% nível), iguala-se à pedra anterior e fica com seu valor reduzido em 20%;
corte perfeito na proporção puríssimo, mas na cor “yellow”, igualmente não passa de 20% a 30% dos US$ 42 mil.
Tanto na Europa como nos EUA a procura permanece estável nos três graus superiores de colorido, isto é, River, Top Wesselton, Wesselton.
Nos graus de pureza Lupe Clean, VVS e VS, setenta por cento da demanda, especialmente em pedras maiores, localizam-se no segundo grau de pureza, ou seja VVS, o que em termos gerais podemos considerar um investimento.
No Brasil, entretanto, o grau colorimétrico fica 80% em “Crystal” até “Yellow”, isto é, do 5o ao 9o grau. Também quanto à pureza, a tolerância é consideravelmente maior, pois, ainda segundo dados coletados, 80% dos diamantes mostram o grau de pureza SI a pique I, portanto, 4o a 5o graus.
Logicamente, a causa disto é facilmente encontrada. Visto que no Brasil as jóias, em sua maioria, se destinam a servir de adornos e menos como investimentos é mais fácil trabalhar com pedras de qualidades inferiores devido ao seu menor preço, tornando-se assim acessível a um público mais amplo.