Os nomes mais antigos para gemas podem ser remontados às línguas orientais, para o grego e o latim.
Especialmente os nomes gregos deixaram suas marcas na nomenclatura moderna de gemas. O significado do nome antigo não está sempre correto, especialmente quando o primeiro sentido da palavra mudou.

Os nomes originais referiam-se às características especiais das pedras: à sua cor (por exemplo, “prásio” por sua cor verde), ao seu local de descoberta ( “ágata” em homenagem a um rio na Sicília), e finalmente aos seus alegados poderes misteriosos ( “ametista” protege contra embriaguez).

A nomenclatura somente vem sendo observada, cientificamente, desde o início da idade moderna. Por causa da descoberta de muitos minerais até agora desconhecidos, nomes novos tiveram que ser achados. Estabeleceu-se um princípio para dar nome a um mineral novo que ainda hoje é utilizado. Um nome novo é idealizado referindo-se a alguma característica especial no mineral, baseado no latim ou grego, ao local de ocorrência ou em homenagem a uma pessoa.

São controvertidos os nomes de minerais baseados em ocorrências. O soletrar pode variar nas diferente línguas. Também é difícil de entender que as ocorrências mais importantes de vesuvianista (obviamente denominada em homenagem ao Vesúvio, na Itália) são hoje achadas no Canadá, Estados Unidos da América e Rússia. Por causa deste obstáculo, sugeriu-se um novo nome para o mineral – idocrásio (em conseqüência de sua forma de cristal) – como o resultado de que agora nós temos dois nomes para o mesmo mineral. Adicionalmente, uma variedade de vesuvianita achada na Sibéria foi denominada Wiluísta, em homenagem a um rio local. Por esse motivo, temos três nomes diferentes para o mesmo mineral. Há muitos outros exemplos de séries de sinônimos.

Ainda mais questionável é denominá-las homenageando pessoas. Não somente os peritos que identificaram ou descobriram o mineral são honrados desta maneira, mas também príncipes, políticos, economistas e outros que têm pequena ou nenhuma conexão com mineralogia ou gemologia.

Além do nome científico do mineral, o ramo da joalharia tinha, no passado, criado uma profusão de nomes errados, principalmente para estimular as vendas. Interessados no assunto, ainda agem assim em alguns países. Nomes estrangeiros são uma maneira usada por grandes companhias para estimular vendas. Dois nomes de gemas inventados desta maneira são tanzanita (zoisita azul) e tsavorita (granada grossulária verde).

Com o objetivo de corrigir esta situação e fornecer informações, o governo alemão publicou o padrão RAL 560 A5. Outros países têm leis ou recomendações semelhantes. Se os nomes já dados ou outro sistema de nomenclatura será aceito pelo comércio, internacionalmente, é questionável. Para ser justo com o comércio, deve ser mencionado que nem sempre é a experiência ou a indiferença do mercado que causa o uso de nomes errados ou confusos; em muitos casos, falto o conhecimento científico do perito. Este livro pode ajudar, portanto, não somente o comprador mas também o vendedor.