As gemas vêm sendo do interesse dos homens há 7 mil anos. Ametista, cristal de rocha, âmbar, granada, jade, jaspe, coral, lápis-lazúli, pérola, serpentina, esmeralda e turquesa foram as primeiras a serem conhecidas. Estas pedras eram reservadas para os ricos e serviam como símbolos de posição social. Os soberanos selavam documentos com selos encrustados de jóias, os quais eram a expressão de suas riquezas e poder.

Embora hoje, às vezes, uma gema montada em ouro ou platina seja usada para demonstrar riqueza, as jóias são compradas, de maneira crescente, por prazer, em apreciação a sua beleza. Às vezes, a superstição também exerce influência na compra de uma gema.

Antigamente, quando o povo tinha menos conhecimentos científicos, as gemas sempre tiveram uma aura de mistério, algo quase espiritual. Essa é a razão porque elas eram usadas como amuletos e talismãs. Pensava-se que elas ofereciam proteção contra fantasmas e agradavam anjos e santos. Elas podiam repelir o mal, preservar a saúde, proteger de venenos e de miséria: elas também tornavam princesas graciosas e conduziam marinheiros de volta para casa.
Até o começo do século dezenove as gemas eram usadas, algumas vezes, como remédio contra doenças. Elas podiam ser usadas de três maneiras deferentes: a mera presença da pedra era suficiente para realizar uma cura; a gema era colocada na parte do doente ou dolorida do corpo; ou a pedra era pulverizada e comida. Nos livros era possível encontrar informações a respeito de que gema podia curar uma enfermidade determinada. Os êxitos obtidos com esta litoterapia não eram devidos às gemas diretamente, mas ao efeito da sugestão ao paciente. Os malogros eram desculpados com a explicação de que a pedra usada não era genuína. Ainda hoje, no Japão, vendem-se pastilhas cálcicas feitas de pérolas pulverizadas, com propósitos medicinais.

Como conseqüência natural dos supostos poderes naturais das gemas, formou-se uma ligação com a astrologia e as gemas foram distribuídas de acordo com os signos do zodíaco. Isto levou às pedras do nascimento – pedras que acompanham e protegem aqueles que nasceram sob um certo signo do zodíaco. Para simplificar, criaram-se “pedras do mês”. Há também pedras que lembram o sol, a lua e os planetas. Com o passar dos anos, estes arranjos foram sempre sofrendo modificações. Mais recentemente, alguns Estados passaram a adotar uma determinada gema que é encontrada dentro de suas fronteiras como emblemas.

As gemas também asseguraram um lugar na religião moderna. As vestimentas dos sacerdotes mais eminentes da Judéia são guarnecidas de quatro fileiras de pedras.

Pedras preciosas adornam a tiara e a mitra do papa e bispos, bem como santuários, relicários e imagens sagradas achadas nas igrejas cristãs.

Hoje, contudo, a gema está despojada de todo simbolismo e esteticismo e é vista freqüentemente apenas como um investimento de capital. É fato que a riqueza mantida nesta pequena forma, em sobrevivido às pressões da inflação melhor que a maioria dos investimentos nas últimas décadas.