Grupo do Quartzo
A denominação quartzo, em lato sensu, aplica-se aos minerais de composição química (SiO2 ou SiO2.nH2O) idêntica ou semelhante, a saber: quartzos macrocristalinos e irregulares. Incluem-se aí: ametista, aventurina, cristal de rocha, citrino, olho-de-falcão, prásio, quartzo olho-de-gato, quartzo enfumaçado, quartzo róseo, olho-de-tigre. Quartzos microcristalinos incluem: grupo de calcedônia com a ágata, dentrita, calcedônia, crisoprásio, heliotrópio, ágatas, jaspe, cornalina, ágata musgosa, ônix e sardônix.
SiO2 amorfos incluem: grupo da opala – opala nobre, de fogo e vulgar.

Cristal da Rocha – grupo do quartzo
A palavra cristal deriva de krystallos (palavra grega que significa gelo); na Antigüidade, acreditava-se que o cristal de rocha era um gelo eterno. Existem peças de várias toneladas de peso; as pedras lapidadas são escassas. Possuem inclusões de goethita (quartzo astérico), ouro, pirita, rutilo, turmalina. É encontrado por todo mundo.
Quartzo enfumaçado grupo do quartzo – falsamente chamado topázio enfumaçado
Deve seu nome à sua cor enfumaçada. As pedras muito escuras são chamadas morion. Ele se descolora a uma temperatura entre 300 e 400o C. Freqüentemente, possui inclusões de agulhas de rutilo . Existem jazidas por todas as partes. Não existe sintético. Pode ser confundido com andaluzita, axinita, sanidínio, turmalina e vesuvianita.

Ametista
A ametista é a pedra mais apreciada do grupo quartzo. A ela são atribuídas forças sobrenaturais: dá sorte, dá estabilidade, protege dos feitiços e das nostalgias. O nome (gr.) provavelmente significa "não ébrio"; a ametista era considerada como um amuleto contra a embriaguez. Os cristais sempre crescem sobre uma base (substrato). As pirâmides prismáticas se desenvolvem pouco, por isso predominam as pontas dos cristais (ametista pontiaguda). Nestas pontas é onde a cor é mais intensa. Estas partes são destacadas da base. Por calcinação em temperaturas entre 470 e 750o C pode-se conseguir variedades amarelo-claras, vermelho-acastanhadas, verdes ou incolores (assim, deve-se tomar cuidado ao usar solda perto delas). Existem ametistas que empalidecem à luz do dia. A cor original pode ser recuperada através de radiações de raio-X. Elas são encontradas em geodos, gretas ou jazidas aluvionares. As jazidas mais importantes encontram-se no Brasil, Uruguai e República de Malgaxe. Os melhores exemplares são lapidados, os outros são rolados em tambores e usados como objetos de arte industrial. Ela pode ser confundida com o berilo, fluorita, vidro, corídon sintético, kunzita, espinélio, topázio, turmalina. Existem também ametista sintética.
Cacoxenita (cacoxeno): denominação comercial equívoca dada para uma ametista que possui inclusões amarelo-acastanhadas, em forma de mechas, que acreditava fossem do mineral cacoxenita (atualmente sabe-se que são do mineral goethita).
O quartzo ametista é a forma mais compacta da ametista, que, freqüentemente, possui bandas ou faixas de quartzo leitoso. É encontrado em jazidas junto a ametistas. Principais jazidas: Brasil, República de Malgaxe, Namíbia, EUA. As primitivas jazidas no vale do Müglitz (Saxônia – Alemanha) e em Auvergne (França) estão esgotadas. É utilizado em colares, cabochões, ornamentos e objetos de arte. Pode ser confundido com a fluorita raiada.

CITRINO – grupo do quartzo
O nome citrino é derivado da sua cor amarelo-limão (lat., citrus). A maioria dos citrinos que se encontram no mercado são na realidade ametistas queimadas ou quartzos enfumaçados. A ametista do Brasil se torna amarelo-clara a 470ºC, amarelo-escura a parda-avermelhada entre temperaturas de 550-560ºC. Alguns quartzos esfumaçados já ficam na cor do citrino a 300-400ºC (por isso cuidado ao soldar perto da pedra). Todos os citrinos aquecidos possuem uma tonalidade avermelhada, enquanto que os citrinos naturais são predominantemente amarelos pálidos. Os citrinos aquecidos não possuem nenhum pleocroísmo, os naturais o têm débil.
Freqüentemente, os citrinos são denominados no mercado como topázio. Isto não pode ser permitido, inclusive quando se acrescenta algum qualificativo: topázio da Bahia, de ouro, de Madeira, de Palmeira, Rio-Grande.
Os citrinos de cor natural são raros. Existem jazidas no Brasil (Bahia, Goiás, Minas Gerais), República de Malgaze, E.U.A. (Pikes Peak/Colorado), Espanha (Córdoba e Salamanca), U.R.S.S. (Mursinka/Urais), França e Escócia. As variedades de cores bonitas ou transparentes são utilizadas para anéis ou pendentes; as não tão boas se utilizam em colares ou em artes industriais. Ela pode ser confundida com todas as pedras ornamentais, especialmente com o berilo amarelo, ortoclásico, topázio amarelo e truamlina amarela .

PRASIOLITA – grupo do quartzo
Este quartzo de cor verde porro (do grego, porro), isto é, verde opaco, não é encontrado na natureza, mas desde 1950 vem sendo produzido pelo aquecimento de ametistas e quartzos amarelos da jazida de Montezuma, em Minas Gerais, Brasil, em temperatura de 500ºC. Mais recentemente, também o Arizona (E.U.A.) está fornecendo material digno de ser lapidado. Ele pode ser confundido com o berilo, peridoto e turmalina.

QUARTZO RÓSEO – grupo do quartzo
Este quartzo deve seu nome à sua cor. Ele possuiu com freqüência fissuras e é geralmente um pouco turvo. Cristais bem formados são conhecidos há pouco tempo. Sua cor pode empalidecer. As ínfimas inclusões de agulhas de rutilo causam um asterismo (estrela de 6 pontas) quando este quartzo é lapidado em cabochão. O Brasil é o maior fornecedor.

AVENTURINA – grupo do quartzo, sinônimo: quartzo
Um tipo de vidro encontrado por casualidade (it. all`avventura) ao redor de 1700 deu o nome de aventurina a uma pedra ornamental de aspecto semelhante. Sua cor escura com iridescência metálica é devida a inclusões de fuchsita; as cores vermelho e parda são devidas a inclusões de mica portadora de ferro. Jazidas importantes: Índia, Brasil, U.R.S.S. Ela pode ser confundida com o feldspato aventurino e o jade.

PRÁSI – sinônimo: quartzo esmeralda
Agregados compactos de quartzo. Possui cor verde porro (daí seu nome) devido a inclusões de actinolita. As jazidas européias se localizam na Alemanha (Montes Metálicos), Finlândia, Áustria (Salzburg), e Escócia. Às vezes, também, é chamado prásio um jaspe verde. Ele pode ser confundido com o jade.

QUARTZO AZUL – sinônimo: quartzo safira
Agregado de quartzo de granulação grossa. As inclusões de crocidolita (ou agulhas de rutilo) causam uma cor azul turva. Ele é encontrado em jazidas na Escandinávia, na Áustria (Salzburg), África do Sul e Brasil. É usado como pedra decorativa.

CRISOPRÁSIO grupo do quartzo
Porque os gregos o chamaram de "porro dourado" nos é, hoje, em dia, incompreensível. O crisoprásio é considerado como a pedra mais valiosa do grupo da calcedônia. As finas fibras de quartzo têm uma ordenação radial. A substância corante é o níquel. As grandes pedras em bruto são cheias de fissuras e cores irregulares. A sua cor pode empalidecer á luz solar ou por ação do calor (precaução ao soldar próximo a ela!). Armazenada em lugar úmido pode recobrar sua cor. Apresenta-se em massas meteorizadas de jazidas de níquel, como tubérculos ou como preenchimento de fissuras. É relativamente raro. Existem jazidas no Brasil, Índia, República de Malgaxe, África do Sul, U.R.S.S (Urais), E.U.A.(Arizona, Califórnia, Oregon).
É utilizado como cabochão e para objetos de arte industrial. As qualidades mais finas são lapidadas freqüentemente na lapidação de Frederico (devido a Frederico, o Grande, 1712-1786): uma só fila de facetas na borda de uma grande mesa. Em séculos anteriores foi utilizado para decorar interiores (capela de S. Wenceslau/Praga e Sanssouci/Potsdam). Pode ser confundido com o jade, prehnita, smithsonita, variscita e calcedônias tingidas artificialmente de verde.

CRISOPRÁSIO MATRIZ
Crisoprásio com rocha matriz ou adjacente, de cor parda ou branca . Usado em objetos de arte industrial e com pedra ornamental.

HELIOTRÓPIO – grupo do quartzo, sinônimo: jaspe de sangue
O heliotrópio é uma calcedônia opaca, verde escura, com pontos vermelhos (do grego: "trópico solar", derivação para nós hoje em dia incompreensível). Foram-lhe atribuídos, durante a Idade Média, poderes mágicos, porque as pequeninas manchas vermelhas eram consideradas gotas de sangue de Cristo. Cores: não sempre estáveis à luz. As jazidas mais importantes estão na Índia. Outras jazidas: Austrália, Brasil, China, E.U.A. É utilizado em anéis de sinete para cavalheiros e para objetos de arte industrial. No comércio está muito divulgado o sinônimo "jaspe de sangue" devido aos pontos vermelhos que possui.O heliotrópio não é nenhum jaspe, ainda que possa ser confundido com este, devido à estrutura radial com agregados arredondados de aparência granulosa. O nome inglês bloodstone tem que ser traduzido com precaução por "pedra de sangue", pois este termo se refere também às hematitas. Os demais são iguais aos do crisoprásio.