São chamadas Pérolas Barrocas todas aquelas de formato irregular, não totalmente esférico. Essa forma diferenciada é fruto do mecanismo de defesa da pérola. Expelindo vários gases, tem o seu núcleo decomposto, deixando-o oco e irregular. Para que a pérola barroca possa ser transformada em jóia, suas cavidades são preenchidas com um cimento especial, para garantir uma maior resistência à gema.
Pérolas de Água Doce ou Biwa
São consideradas as melhores pérolas de água doce. Cultivadas no Japão, no Lago de Biwa, e também em grande escala na China. Cada ostra pode receber até 10 núcleos de uma só vez, neste caso específico, o núcleo é um fragmento do tecido epitelial de uma ostra sadia.
Akoya
Akoya é a clássica pérola japonesa cultivada, que recebe o nome da ostra que a produz (Akoya gai). Pérolas similares são produzidas hoje também na China e Coréia.
Pérola South Seas
A pérola South Seas é um dos tipos mais cobiçados, pois são maiores e mais valiosas que as demais. Cultivadas na Austrália, Indonésia e Filipinas, geralmente elas têm acima de 8mm.
As pérolas mabe, por sua vez são produzidas na concha ao invés de na membrana da ostra. Pega-se uma semente na forma de um pequeno Buddha, por exemplo, e este é cimentado na parte interna da concha. Na verdade colocam-se vários deles em uma mesma concha, a ostra apenas os recobre com nácar. Após 6 meses a concha é colhida e os Buddhas recortados. Os chineses vem usando este processo desde o século XI. Já as pérolas blister ou bolha, são diferentes. Durante o processo normal de formação a semente pode se deslocar do manto depois que ela já está praticamente formada. Algumas podem cair fora da concha e se perderem para sempre, já outras, até mesmo pelo peso, acabam deslizando para baixo do manto. Porém em um processo natural, nem sempre existe uma pérola embaixo de cada bolha da ostra. Muitas estão vazias, sendo na realidade apenas isso, bolhas.
Mabes ou pérolas cultivadas compostas
A produção de mabe, terminologia japonesa, é basicamente um processo mecânico similar ao da blister. Mabe é, na verdade, uma pérola blister cultivada sólida. Consiste da separação do manto da ostra, para depois fixar à concha externa um núcleo com formato determinado (semi-esférico, coração, Buddha, oval etc). Cada ostra pode receber até seis núcleos, três em cada valva. Depois a ostra é recolocada nos cestos de cultivo e volta ao mar, onde o manto, gradualmente, retorna sua posição normal para secretar material perlífero, como proteção contra estes corpos estranhos. Após um ano, quando a principal colheita termina, a segunda parte do processo de composição da mabe inicia-se de novo.
Pérola Blister
Durante o processo de formação da pérola, certos movimentos podem expelir a semente depois que ela já está quase formada. Algumas se perdem, já outras, talvez pelo peso, acabam deslizando para baixo do manto. Quando isso acontece, e a semente é gradualmente recoberta por camadas de madrepérola, forma-se a pérola blister.