Trabalhar com um material 10 vezes mais leve do que o aço – mas 20 vezes mais resistente – é um sonho de qualquer engenheiro, e que logo poderá se tornar realidade. Pesquisadores da Universidade da Flórida, Estados Unidos, estão desenvolvendo um novo material, batizado de "buckypaper", que logo poderá tornar essas características disponíveis a uma ampla variedade de aplicações.

O novo material, fruto da nanotecnologia, já está sendo considerado promissor para a construção de estruturas espaciais e melhores coletes à prova de balas, mas também deverá ser útil na fabricação da próxima geração de monitores de computador.

O "buckypaper" é feito de nanotubos de carbono e está sendo desenvolvido pela equipe do Dr. Ben Wang. Seu nome é uma derivação de buckminsterfulereno, ou Carbono 60 – uma molécula de carbono cujas fortíssimas ligações atômicas tornam-na duas vezes mais dura do que o diamante. Essas moléculas esféricas são comumente chamadas de "buckyballs".

Quando submetido a uma carga elétrica, o "buckypaper" pode ser utilizado para iluminar telas de computador e televisores. Quando totalmente desenvolvido, ele deverá ser mais leve, consumir menos energia e oferecer um nível de brilho mais uniforme do que as atuais telas de tubos catódicos (CRT) ou de cristal líquido (LCD).

O novo nanomaterial é também um dos melhores condutores termais conhecidos, o que permitirá sua utilização na dissipação de calor no interior de computadores e outros equipamentos.